Saturday, March 17, 2012

Workshop 2,3 e 4 de Abril



Veja-se o Programa:


Para jovens de idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos, este workshop que decorrerá dos dias 2 aos dias 4 de Abril, na Cenario, procura o envolvimento dos participantes com o desenho e a sua aplicabilidade prática. De modo simples e pragmático vamos fazer a interpretação de uma embarcação paradigmática e universal ; o DORI.
Posteriormente vamos desenhar e recortar moldes, colar e pintar as embarcações daí resultantes e preparar um suporte para que se exponham como peça singular. Vamos procurar sensibilizar os participantes para a noção de VALOR.
Vamos procurar sensibilizar os jovens para a temática da valoração do trabalho, e do que resulta da transformação de materiais (papel, madeira, tinta) em valor acrescentado.
Vamos colocar o conhecimento (que é necessário obter para construir uma simples miniatura de um barco) como pedra basilar da criatividade. 
As escolas e o sistema de ensino não trabalham estas matérias e numa sociedade onde a sustentabilidade e a sobrevivência passa irredutivelmente pela criação de riqueza, achamos que esta sensibilização é cada vez mais urgente.
Também porque cultura, identidade e património são recursos que não devem ficar na periferia dos investimentos e do sistema económico, o que lamentavelmente vemos acontecer nas políticas mais recentes e não só de agora.
Com isto queremos dizer que vamos tentar falar de negócios com os mais jovens... á volta de um barco e do ambiente natural que envolve o Cais do Puxadouro.
O mesmo enfoque será dado a uma outra atividade paralea: o safari fotográfico, sobre o valor da paisagem e do eco-sistema natural.

Ajude-nos a sensibilizar os mais novos para esta temática, divulgando e captando as atenções dos potenciais interessados.

Thursday, March 15, 2012

Cenario- Lembrar objectivos e identificação de valores intrínsecos

O diretor técnico da CENARIO tem vindo a frequentar ações de formação cuja temática incide sobre indústrias criativas na UNAVE e em Serralves. Este conceito, cuja definição específica ainda não se encontra totalmente estabilizada, assume em certos países a denominação de "Indústrias Culturais".

                                                 imagem: António Dias
A diversidade de interpretações sobre o que este conceito representa será talvez a sua melhor qualidade, pois permite que um maior número de participantes e potenciais empreendedores se reunam em busca de uma oportunidade de negócio. Para já creio que podemos afirmar que as "Industrias Criativas" assentam a sua base de potenciação nos atores culturais de base criativa , nas camadas sociais informadas e de recente formação académica cuja dinâmica, agilidade e mobilidades, fomentadas pelo que as políticas educativas vão permitindo, fornece um potencial humano de enorme valor, de recursos "ilimitados" que urge enquadrar nas dinâmicas económicas do país. Este quadro encontra-se identificado ao mais alto nível da decisão política? e o património cultural, de que modo se insere nestas oportunidades?
Pelo que me é dado verificar estão neste momento em curso e em fase de implementação muitos centros de acolhimento de ideias com potencial criador de riqueza (valor acrescentado) e é neste quadro de aparente crise que vemos surgir novos investimentos que se saúdam mas que necessitam de se tornar pólos activos, dinâmicos e inclusores.
A estes pólos dá-se o nome de "incubadoras" e aqui na região Norte já se contam em numero superior á dezena, e o que mais desejo é que se articulem em rede, que se agilizem nos procedimentos, que não se repitam nos objectivos, que não se repitam no modelo organizativo, que não se repitam. Embora distante desta realidade pois os atores são outros, lembro certo paradigma de desenvolvimento recente assente na proliferação de "Zonas Industriais"...


imagem: h. Ventura

 

Mas o que tem esta realidade a ver com a CENARIO?

Para uma correto enquadramento da questão lembro o "valor" e objectivos basilares da CENARIO:
1- Elaboração, desenvolvimento e execução de projectos de construção, manutenção e restauro de embarcações representativas do património náutico de recreio.
2- Identificação, promoção e registo do património náutico da Região e das suas memórias.
3- Concepção e organização de percursos na Ria de Ovar articulando as temáticas da história local, do património náutico e da paisagem, numa perspectiva eco-cultural.

Poderão as nossas atividades e os nossos investimentos resultar em sustentabilidade se inseridos e organizados num plano de negócio? Até que ponto será compatível a estruturação de uma "indústria" com os direitos e deveres dos associados?
Creio que esta e outras questões poderão ser colocadas na próxima Assembleia Geral pelo que apelo á participação.

AG- Dia 24 de Março...