Thursday, September 29, 2016

Impressões de um fim-de-semana Outonal, ou a Xª Regata.

 
Primeiros e Campeões Nacionais da renovada classe "Andorinha". Pedro Silva e António Regedor no "Andorinha"


Terceiros, - Francisco Lázaro e José Lemos no "La Rondine"

         Segundos - Denis Begasse , Georgina Q e António Moço no "Melody"

Este fim-de-semana , de 24 e 25 de setembro de 2016, foi pleno de atividades. Destacamos no entanto a X regata CENARIO, clássicos da vela na Ria de Ovar, que reuniu embarcações e gente oriunda de diversos cantos e ocupações. Em Ovar houve uma tripartida inauguração de pintura, desenho, palavras desenhadas  e olhares caleidoscópicos. " Diz-me, Vês?"  de Carlos Mendonça, também nosso associado, na CENARIO. Na NADO o Clube de Canoagem festejava o 10º aniversários e os Optimist saíram do escuro armazém para animarem uma regata também ela tripartida, com cruzamentos geracionais e velejadores de género diverso.
Pela noite dentro, o teatro no Centro de Artes e  depois a música, que não houve, pois choveu. Novamente a fluidez da água a marcar a sua presença.
Ovar agrega assim a água, da Ria com os barcos, a fluidez da arte na forma de pintura, teatro e música e a chuva, que também interfere como que lembrando que afinal, basta que chova...
São estes os "caminhos da água" que tantas vezes imaginei, cruzando atividades numa cidade líquida, azuleante, emocionante, faltando apenas celebrar o que falta fazer, quase tudo. ( Por exemplo, o Cine-Teatro e seus arredores... )

Mas voltando à regata CENARIO, a X ª, como na música colocamos números que são nomes á frente dos eventos como que assumindo a perenidade e celebrando o tempo, o que de mais precioso podemos dar.
A Associação Náutica da Torreira foi mais uma vez o nosso anfitrião na manhã de sábado, ajudando nas bóias, na cedência de espaços, na simpatia com que nos acolheu. A NADO, por razões de uma proximidade quase simbiótica, pelo menos enquanto se entender o território náutico como um todo, também colaborou, no apoio logístico, no espaço e nos transportes. E a Câmara de Ovar, que percebe que a qualificação do território e as infraestruturas não significam nada, se não forem vividas, se não contribuírem para a construção de um ideal de vida, que seja capaz de atrair turistas, nacionais, e estrangeiros. Sim, Os turistas não são só estrangeiros, convém lembrar, e a melhor forma de os atrair não é com grandes hotéis e restaurantes e visitas ao Douro, dentro de navios envidraçados, é com a forma como vivemos e da forma como nos organizamos no espaço, no território.
À Câmara de Ovar, à Nado e à ANT, muito obrigado.

Então e a regata? bem a regata ocorreu de modo calmo sereno e contra a corrente, no sábado, pois a largada da Torreira atrasou um pouco. O Vouga "Aventura" zarpou imparável até á linha de chegada, que cruzou solitário, muito solitário. Passados uns bons 20 minutos chegam os três Andorinhas em luta cerrada pelo primeiro lugar. E que chegada! Cortou em primeiro o "Melody" com cerca de 30 cm de avanço, seguido do "Andorinha" de Esposende, e do "La Rondine" a escassos 20 segundos. Tudo em aberto para a regata de domingo, para encontrarmos o vencedor do primeiro campeonato nacional de Andorinha da era moderna.
Domingo, a regata foi muito diferente, partiram desde o início o vPara além das Andorinhas e do Vouga, o "Cisne" que também participara no Sábado em parte da regata e o Vaurien do presidente Jorge dias, que decidiu fazer a regata em solitário. O vento ia subindo, as rajadas crescendo e após a largada junto à foz do Cáster a frota seguiu unida até à Ponte da varela, O percurso entre a ponte e o carregal, como já sabemos pode ser aventureiro, dramático. O aventura virou no Torrão do Lameiro e na frente seguiam em luta renhida os dois andorinhas, Melody e Esposende. Venceu o Esposende com Pedro Silva ao leme, seguido do Melody, de La Rondine e do Cisne, do vaurien e do Aventura, que não chegou a cortar a linha.
Devemos referir o facto de ter participado como barco da comissão de regatas a "Maria Cristina" restaurada ao nível do convés e da cabine, ( mas que trabalheira!) , e també ao nível do carburador,  restaurado em Torres Vedras nos ENO de Francisco Lázaro, armador e construtor do "La Rondine", e de quem esperamos disponibilidade e sabedoria para tratar da bomba de água, próxima etapa do restauro e manutenção desta notável embarcação, património náutico vareiro.

Sobre a parte mais social e demais detalhes, penso que as fotos aqui poderão dizer mais qualquer coisa. Aguardamos algumas fotos da regata propriamente dita, pois sabemos que as há.


 O "Maria Cristina" ; toque, toque, toque toque, trálará...


 O "Cisne" , uma das embarcações que esteve sempre nestas regatas.

 A chegada ao Canal do puxadouro, e a proa do "Maria Cristina"


Embarcações em suspenção ou flutuando, como é natural, em embarcações que flutuam


Um sinal sonoro pouco perceptível.


Um apaixonado pelos barcos de madeira. A sério.


Entre o design de comunicação e o design gastronómico, a força das exportações e do turismo de experiências

 As Experiências Partilhadas

Estamos muito elegantes com estas fantásticas t-shirts.

 Muitas pintas, vês?

A feijoada de bacalhau recomenda-se. Parabéns georgina!


( seguem-se as fotos da regata)