Tuesday, October 25, 2011

O nosso trabalho-8

A evolução do finn.

Terminada a época do ar-livre, agora voltamos ao trabalho. O "Cisne" já se encontra no estaleiro,  "A Ventura" pernoita abrigado, brevemente Melody e Alecrim recolherão ao interior.
Fazem-se projecções para a época de Inverno. Há imenso trabalho para fazer. Temos mais uma embarcação para restauro, "Nut" construido há muitos, muitos anos em Arcachon, nos estaleiros Pierre Matonnat. A quantidade de cavernas é enorme , construção muito influienciada pelo método de construção de canoas, onde os estaleiro Matonnat eram exímios. O "Nut" é um sloop, com 4,20 metros de comprimento, patilhão,  e muitos detalhes originais. O casco é em mogno, tábua corrida, mas á primeira vista parece construido no método das tirinhas de madeira (strip planking). Necessita obra muito cuidada. Talvez seja um class 6m2...


Jorge e Vasco concentram-se agora no Finn:

O interior todo limpinho...


 As "cavernas" originais perfeitamente limpas e a serem testadas numa pré-montagem...

 Assim como a caixa do patilhão renovada, sobre a quilha original, em mogno.

 O maior cuidado foi aplicado na remoção das peças originais, e o resultado é muito positivo, estamos a conseguir uma boa percentagem na sua reutilização.



E lá fora esperam a vez, "Melody" e "Alecrim".
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Sunday, October 23, 2011

Visita da turma de Mestrado em Design da UA

 A turma do primeiro ano de mestrado em design da Ua, com o prof, Rui e a prof. Cláudia visitaram a Cenário. O objectivo era a sensibilização da turma para o potencial dos territórios Ria, e nada melhor do que a viagem secular entre Aveiro e Ovar pela àgua, em barco moliceiro sim senhor, a motor, pois a locomoçãoà vela ainda não se compadece com os tempos de agora...
A comissão de boas vindas a Ovar foi protagonizada por um bando de flamingos que se tem estabelecido junto á foz do Cáster...
 Eis que, passada a ponte da Varela, a frota se aproxima do destino, do cais do Puxadouro, em Válega. Com dificuldade, passámos por cima de uns baixios, no limite da navegabilidade em frente a Mourão. A maré descia, o que aconselhava um regresso a Aveiro em modo alternativo...O regresso pela água  teria de ser adiado ou reformulado. Como é pertinente o plano de navegabilidade da Ria!
 Na Cenario, reunimo-nos na "sala de conferencias" para uma conversa sobre os barcos,o património e os potenciais de desenvolvimento da Ria. Uma síntese...
 ... de potenciais factores de desenvolvimento, com a recuperação da mobilidade e da navegabilidade da Ria , onde poderemos estabelecer relacionamentos entre pequenos núcleos de atratividade, preferencialmente navegando nas nossas belas embarcações , únicas no universo náutico, e ...
 
 onde se destacam os Vougas, os Moliceiros, as Bateiras... E por falar em Vougas, uma especial referencia para a Ines, bisneta de Mestre António Gordinho, uma das alunas desta turma.
 Tivemos ainda a presença do Nordeste Brasileiro, do Rio Grande do Sul e de memórias de Vinícios... Esse incontornável Brasil que nos encanta, talvez a obra mais significativa de toda a Portugalidade. Que o diga D. Pedro, António Vieira e tantos outros.
E eu e a Cláudia, recordando os dias da arquitectura na pujança memorável dos anos 90. Sorrimos ao regresso das velas comemorativas do futuro que se adivinha incerto, como sempre.
Mas, pela nossa parte prometemos estar disponíveis para eventos desta natureza, dentro dos prazos determinados pela amplitude das marés.
O ritmo da natureza nas nossas vidas é revigorante, e o estudo da tabela de marés necessário ao entendimento das águas. Sem ironia...