A sulcar a Ria - o mantra dos Canais - parte 2
Ir a Aveiro e voltar, um outro dia de viagem, uma nova digressão ou antes diversão, ou até uma persistente fixação de descoberta daquilo que já foi feito vezes sem conta, primeiro era o sal, talvez o peixe, sempre as pessoas, mais recentemente o caulino, as pedras, o vinho... mas desta vez o ue nos levava e trazia eram os barcos. Os barcos da Exposição "Sulcar a Ria" .
E como já passou algum tempo desde essa heróica-diminuta façanha, detalhes da viagem serão omissos, mas mesmo assim devemos referir que zarpámos do cais do Puxadouro de manhã por volta da 9 horas e trinta, uma manhã serena e calma, embarcados no "Aventura", com o motor Suzuky HP5 sempre a girar, pois vento era coisa pouca até S. Jacinto... A missão constava de transportar o "Aventura" para a exposição, onde estariam outros dois Vougas, o "Sofia" modelo mestre Gordinho, e o "Beatriz" , modelo Mestre Albeeto Costa, ficando a trilogia completa com o modelo "Brigada Naval"- o "Aventura"- cuja autoria se esvanece no processo evolutivo da classe Vouga nas década sde 50 e 60 do sec XX mas cujo restauro se deve ao laborioso e prolongado tempo de gestação da CENÁRIO entre 2002 e 2005.
No regresso, transportando e navegando a bordo do vouga "Vouga" (é mesmo assim) rebocando o andorinha "Melody", subindo pelos "labirínticos e surpreendentes " canais do baixo Vouga até ao cais do bico da Murtosa, Pousada do Muranzel à vista, e daí até ao Carregal, em Ovar.
E foi assim que aconteceu, devemos apenas realçar a originalidade do " combóio de embarcações de mastros pendentes", penso até que inscrevemos mais um modelo de embarcação na fervilhante criatividade das águas de Aveiro, apesar de sabermos que na circunstância de condições adversas o bom senso aconselha que esta criatividade fique quieta e resguardada no cais de abrigo, no porto seguro... longe de águas agitadas.
Longo foi o dia, descer mastros, subir mastros, ultrapassar duas vezes a eclusa, tatear fundos e optar pelo rumo, certo ou incerto, disto e muito mais se trata quando percorremos o mar interior de Aveiro, rumo aos mares vareiros do Rio de Ovar.
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Não sem antes testarmos a estabilidade da embarcação...
A chegada a Ovar, no carregal, e o pior aconteceu... Uma dolorosa queda pois um dos bravos marinheiros calculou mal o salto na atracagem, nada fraturado, mas um hematoma que mais pareciam dois e duas semanas de imóvel repouso.
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