O 20 anivercenário - 20 anos a aprumar barcos
A celebração do 20º AniverCenário,
vocábulo que se apoderou do evento comemorativo do aniversário da nossa associação,
decorreu no dia 18 de Maio, um dia muito bom para um passeio à vela, na Ria, pois o
vento também colaborou quer em força, quer em direção.
Esta vigésima edição de um evento que explora temáticas
transversais ao mundo da vela e dos barcos, foi muito especial porque teve em
consideração o que permanece através do Tempo e que de facto interessa, as verdadeiras
amizades, os momentos que agregam e criam cumplicidades, as pessoas que nunca
se esquecem.
Mesmo quando é intermitente, por divergências de caminhos de
vida, a verdadeira amizade nunca se esvai no esquecimento da repetição dos
dias. No momento certo irrompe, retoma as conversas e os temas de outrora, incide sobre temas atuais, recuperando
para a luz de agora o que fomos e o que somos. É como se o tempo de facto
voltasse ao tempo dos “pássaros azuis, no alto da madrugada…” cujos frutos
deram flor e, em voo circundante, nos tocam ainda com o seu aroma
inconfundível, reconhecível, familiar.
Neste 20º Anivercenário resolvemos com a antecedência
necessária, convidar o escritor e editor Rui Couceiro para uma tertúlia na
nossa sede no cais do Puxadouro. O Rui, autor das obras “Baiôa sem data para
Morrer” e “Morro da Pena Ventosa”, entre muitos outros escritos em jornais e
revistas, promove a leitura enquanto editor,e faz desta opção uma verdadeira missão para vida. Mas sobretudo, nutre pela vida uma curiosidade e um sentido de
descoberta que nos estimula e lembra que viver é o que mais interessa.
Neste dia 18 de Maio, pela hora de almoço, combinámos um encontro na praia do Areínho, onde embarcaríamos rumo ao Puxadouro, a bordo dos pequenos veleiros de vela ligeira, dois Vougas, um Andorinha e um “Sunfast 18”. No Bar do Areínho encontrámos um grupo de novos e velhos amigos, que já saboreavam o momento de espera dos barcos... Mas não partimos sem antes saborearmos uns rojões de ali perto, da “Flor da Ria”, que nos prepararam para a viagem entre o Areínho e o Cais do Puxadouro, a nossa sede.
Partimos com vento mareiro, rodando para noroeste, no vouga
“Calipso”, acompanhados pelo "Aventura" e pelo "BordoBom" e passadas duas horas estávamos a atracar no cais, onde já nos
esperavam alguns convidados e amigos, além de outras pessoas menos
frequentadoras da CENARIO, admiradores e
admiradoras que fizeram questão em ver ouvir e interpretar, na oratória límpida,
acertiva e fundamentada do Rui, uma transversalidade de tons que ecoavam por entre
as madeiras em redor. A Cenário experimentou um momento de tertúlia literária,
condimentada por intervenções do público presente, fazendo lembrar outros
momentos como o da poesia dita por João Gesta e Benedict Houard, Pedro Lamares
e Abreu Freire, e outros que outrora, também festejaram anivercenários
connosco.
Esteve presente a Junta de freguesia de Válega ( obrigado Raul) que nos ajudou no bolo e nas velas, e após um animado lanche coletivo, voltámos ao trabalho dos barcos, esses exigentes "objetos de prazer". Para mais um ano que recomeça...
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