Thursday, September 20, 2012

Um dia na vida do director técnico


Nestes dias cálidos de Setembro o quotidiano vai assentando as suas rotinas. A Cenario, onde muitas actividades ocorreram durante os meses de Julho e Agosto, volta ao seu trabalho em torno da manutenção dos barcos. Mas , ainda faltam a Regata dos Clássicos e as manobras do S. Martinho para que o ano termine conforme o planeado.
E ainda vamos ter um workshop de vela, se tudo correr bem...
Portanto e para que tenhamos uma noção do que é ser diretor técnico desta instituição:

 Pela manhã, ás dez, estava marcado um encontro com Dulce e Filipe, da fábrica Ciencia Viva, e da Universidade de Aveiro. Depois do pequeno almoço, dirigi-me a Ovar de bicicleta , até ao Centro de Artes, onde tinhamos marcado encontro. Pelas dez e 15 e depois de um café estávamos a caminho da Cenario de automóvel. A bicicleta ficava no centro de Ovar pois teria que voltar para fazer umas compras.
No âmbito do projecto "CicloRia" , onde pontua a rede de pistas cicláveis de Ovar, o cais do puxadouro e a CENARIO constituem um dos locais de interface com o território e a cultura. Daí a visita destes personagens da UA que estão em vias de elaborar um roteiro onde se descreve o que somos e onde estamos.
E envolvemo-nos na conversa, em jeito de visita guiada, cruzando diversos temas, desde o caulino de S. Vicente de Pereira até á área protegida da foz do Cáster, (proposta de Alvaro Reis que desde os anos 80 vem sendo adiada...) Fomos interrompidos uma vez, por um telefonema do António Carvalho que em Sátão ultima o seu Vouga de modo a participar na regata do dia 29... as dúvidas de última hora que procuramos resolver, a logística, os transportes, a localização do pião da retranca...
De volta a Ovar e após a despedida aos nossos simpáticos visitantes, lá fui eu comprar betume poliester á rua Padre Ferrer, para a manutenção do casco do "Celta". Voltei novamente á CENARIO, agora pedalando pela intermunicipal Ovar-Estarreja, ao longo da pista para bicicletas que se vai construindo, lá cheguei por volta das 11 e 30.
Terminei de lixar o casco do Celta e fui almoçar, ementa sigela, na Padaria do Sargaçal, pelas 13.00 horas. De regresso á Cenario fui observar o trabalho no mastro do Celta executado no dia anterior. A resina já estava curada e afaguei a superfície com um pouco de lixa...
Voltei ao Celta e iniciei a aplicação de betume após limpeza com ar comprimido. Pelas 15 horas surgiu o António Alçada com dúvidas e notícias sobre o novo estai para o seu Andorinha, assim como outras dúvidas sobre o desenho do patilhão... após uma breve análise técnica do que estava em causa, e do novo ponto de escota de estai a ser colocado, voltei ao trabalho com betume e espátula. O tempo passou mais uma hora, o António foi á sua vida, surgiu o Jorge Dias que conforme combinado vinha fazer uma seleção de madeiras para a concretização do arranjo no mastro do Celta, mastro que se quebrou nas regatas do campeonato de Vougas de 2011... Terminada a aplicação de betume e escolhidas as madeiras, pelas 17 horas terminámos os trabalhos na CENARIO, e montando o meu veículo, dirigi-me á sacristia da Igreja Matriz de S. Cristóvão de Ovar onde iria ter lugar a reunião do conselho técnico da Rede Museológica de Ovar. A maior novidade da agenda de trabalhos era a apresentação da nova Chefe de Divisão da Cultura, dra Ana Paula Reis, historiadora. 
Estas reuniões ocorrem mensalmente e esta era a primeira após férias, pelo que muitos assuntos foram tratados, nomeadamente o programa das V jornadas do património e mesmo o programa de acções para 2013 já veio ao de cima, com as candidaturas dos apoios ao associativismo a merecerem particular atenção. De realçar o protocolo assinado com a U.Porto, faculdade de letras, relacionado com programa de estágios curriculares.
Lamentei o facto de ainda não ter sido decidido da imagem da RMO e identificação dos espaços museológicos, da sinalética, assunto que se vem arrastando há séculos.
Terminada a reunião, pelas 19:30, voltei a casa, mais 5 km a pedalar... mas a meio do caminho, junto ao antigo Sol-e-Sombra,  vi aproximar-se o carro do António Alçada... e mais á frente lá estava ele á minha espera com medidas tiradas no barco, a confirmarem a nossa conversa da tarde. Estava definido o ponto de escota.
continuei a pedalar até casa, feitas as contas, pedalei 25 km, ou mais, ... e cheguei com bom apetite para o jantar...

 

2 Comments:

At 23:51 , Anonymous Anonymous said...

Muito trabalhinho, Helder, como convém. Vida de diretor não é nada fácil, são muitas responsabilidades... =) Boa Regata das 29 e 30, espero que seja um sucesso. Ainda não perdi a esperança de um dia participar numa! Beijinho.

Liliana Ribeiro

 
At 19:57 , Blogger h ventura said...

obrigado liliana, pelas palavras amigas. A regata correu muito bem , embora dos oito barcos á partida apenas 4 (!) terminaram. Muitas avarias... um velejador com quase hipotermia (?) e por vezes alguma inexperiência. Mas gostei sobretudo da chegada ao areínho. Um local muito especial.

 

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