Saturday, September 08, 2012

Uma Jornada Memorável!

Como foi noticiado, veio um grupo de professores oriundo da bacia hidrográfica do Lis e logo pela manhã, com ligeiro atrazo, conseguimos rumar a Pardilhó, Ribeira da Aldeia via Canal das Bulhas...Tivemos, nesta saga pelas águas da Ria de Ovar, direito a TUDO: a uma manhã encoberta , de neblina matinal que se foi dissipando, a garças, pilritos e outros passaritos e claro, aos nosso estimáveis flamingos, que em dois grupos nos esperavam pacientes e elegantes no seu porte exótico e silhuetas mirabolantes.
Após uma ligeira estadia na Ribeira da Aldeia, mais prolongada do que seria aconselhável, dirigimo-nos até á Tijosa, onde se experimentaram diferentes mareações a bordo do "Melody", o Andorinha que se movia á vela numa calmaria exagerada... enquanto a bordo do "Alecrim" se praticava o remo, em diferentes equipas e rumos diversos colocando de sobressalto a bússola, que, em vão, procurava o Norte...
A boa disposição e sentido de descoberta reinavam a bordo tendo sido notada a destreza dos remadores e a elegância das remadoras que fizeram as delícias dos navegantes locais, mesmo os mais mais distraídos. O tempo desacelerou e estamos convictos que a velocidade de rotação da Terra também, mas a maré essa continuava descendo agora mais veloz rumo á barra de Aveiro. O regresso tornava-se pertinente. Portanto e entretanto, eis que nos colocámos naquela situação tão temida dos navegantes locais, os baixios e o encalhanço, que, dada a falta de balizagem regular e de linguagem universal, como é de boa prática em estuáriuos navegáveis, não se fez esperar. A solução: saltar borda fora e empurrar, calcorrear o lamaçal em busca de águas mais profundas, tarefa de eficácia duvidosa... O melody, de fundo chato e movendo-se á vela sob uma brisa ligeira lá se ia safando, á custa de mais um telemóvel encharcado, uns empurrões e manobras de progressão lenta. Mas o "Alecrim esse, assentava firme sobre o baixio e nós a vê-lo ficar condenado até á próxima maré... Entretanto a caldeirada de enguias e outras iguarias iam sendo projetadas lá para os confins da tarde, talvez depois.
Mas, quando tudo parecia irresolúvel, eis que todos os bravos marinheiros saltam borda fora e á força de muito sacrifício, liderados pelo grande timoneiro Jorge Dias , pelo imediato José Lemos e por todos aqueles que nunca tinham pisado a lama rejuvenescente dlo largo do Laranjo, eis que dizia eu, se verifica um progredir firme, um deslizar certo, uma réstia de esperança, finalmente águas navegáveis de uns bons 60 cm de profundidade... O almoço estava salvo, a reputação dos marineiros também , a ideia de que os professores deste país não estão dispostos a arregaçarem as mãos, neste caso as calças, e empurrarem a barca rumo ao futuro, totalmente contrariada.
Após o encontro com a equipa de terra, lá nos deslocámos até á CENARIO, fazendo os últimos 500 metros por terra. Segundo as opiniões dos forasteiros, alguns estreantes com as enguias, estas estavam óptimas, oarroz de tamboril, lulas e gambas também. Terminámos o almoço por volta das 17 horas. Ficou a promessa de um regresso, para o ano, por ocasião do S.Paio.
Prometemos para o futuro uma monitorização permanente das marés e envio de dados ao Instituto Hidrográfico, colocando as variantes de tempo e de modo, luminosidade, e temperaturas inerentes á Ria de Ovar, para aferição precisa dos cálculos científicos das marés para esta parcela de território...

Eis uma síntese fotográfica do evento ( aguardamos mais fotos... se possível)










 


 

1 Comments:

At 18:15 , Anonymous Anonymous said...

Depois deste velejar pela Ria, as Moiras (quiçá os moiros tb)não voltarão a ser as/os mesmas/os;-)!Bom, convenhamos que,Alecrim e Melody tb...
Segue o meu obrigada à tripulação sénior e, júnior.
Moira encantada

 

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