Monday, June 15, 2015

A tempestade e a bonança - crónicas anivercenariantes



Após uma semana de intensos trabalhos de preparação, duas embarcações em restauro e outras duas preparadas a preceito, fomos chegados a Sábado, o dia 13, Santo António e as noivas, o dia da festa.
A chuva caía e desmotivou os mais frágeis, mas por volta do meio dia tudo se aclarou.
A chuva fez uma pausa, mas o vento cresceu , de sul.





"Maria Cristina", "Aventura", "Alecrim","Melody", e ainda a possibilidade do "Mc Gegor" - um exótico escoçês aqui incluído por altos serviços prestados à comunidade náutica - estavam aprestados para a partida. Tudo preparado e depois de um almoço no restaurante SNADO, partimos pontuais, a maré subia e com a  preciosa ajuda dos nautas da NADO, Pedro e Mané, conseguimos colocar a frota em movimento.
Os veleiros, esses lutavam contra a "sulada" intensa mas num instante já se encontravam no Areínho.
O leme e o combustível de ignição pregaram partidas no "Maria Cristina", mas os altos representantes a bordo, todos em unísono apregoavam Estibordo! ou, Bombordo! conforme a necessidade , para que o marinheiro destacado no leme manobrasse a preceito. Entretanto tudo estabilizou. São as agitações da partida, a emoção, a entrega ao desconhecido... que influenciam mesmo as embarcações mais experientes, como era o caso.
Passando pelas Marinhas Novas, Estreito das Vacas, Pardilhó à vista, o "Alecrim" enrola-se numa rede de chocos, o "Aventura" encalha". Tudo resolvido a preceito, com a ajuda do pescador de chocos, pois que aqui não existem pérolas...



E chegámos ao Puxadouro, onde já nos esperavam alguns convidados, incluindo o nosso convidado especial, José Carlos Mota. E que conversa se seguiu! E que debate mais vivo e construtivo! as experiências de fora, inspiradoras, nesta questão da participação cívica no planeamento das cidades, as redes sociais e a decisão política, e muitas outras questões que o zé mota soube sabiamente trazer para a ribalta.
E eis que chegámos a Las Vegas, ao "Flamingo" o bolo de chocolate digno das festas mais irreverentes. início de um novo ciclo, mais uma década de restauro e madeira, desenho e cola, vela serrim e bolos. E claro, as bebidas!




No fim a gastronomia local para os mais resistentes, feijoada de chocos, com berbigão e ameijoa, uma delícia.
Domingo, bem, domingo começou lento e tardio, mas o tempo estava magnífico, e a ria no topo do seu esplendor aquamórfico.
 Partimos do Puxadouro para o Carregal, velejando com um vento de eleição, uma rajada de quando em vez, uma progressão rápida e serena. Cruzamo-nos com o Pedro Silva e o Emanuel, na aula de vela da NADO, Cumprimos o programa com uma pausa no Vela-Areínho. Bela pausa, uma esplanada composta, um local de eleição que nos faz sentir bem, lusos e atenienses numa europa à deriva, sem darmos conta, sempre a sonhar com o pão de açúcar, a ilha dos amores, e o cálido sabor do ìndico, temperado com a pimenta que há-de vir.
Para já temos o sol, e todos os que participam neste percurso - demonstrar que é possível.










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