O 7º anivercenario - contribuições para a epopeia maritima da Ria de Ovar

Temos dificuldade em sintetisar o dia 28 de Maio na CENARIO, de tão diversificado e com elevado grau de objectivos alcançados. Pela manhã iniciaram-se os trabalhos de preparação das embarcações...

Enquanto na cozinha se preparava o lanche...

                                          Rojões e alheiras e outros petiscos.

O dia estava lindo, com muito sol e os convidados e as convidadas para o passeio iam chegando.     Seriamos 22 tripulantes e sete convidados a bordo de sete embarcações.

Entretanto chegava o "Cisne" ( Vouga de Ovar, construido em 1959) em grande estilo ao cais do puxadouro, com a sereníssima Joana Paião na proa, liderando a tripulação. (não temos foto.. o que lamentamos profundamente).
La conseguimos partir , depois de safarmos o Alecrim que teimava em ser original...

O vento soprava de Oeste, fresquinho, de força 3 , com saltos de Sudoeste e as condiçcões não podiam ser melhores. O Celta ( Vouga do tipo "Brigada Naval" de início de 60) fazia a sua primeira viagem depois de 9 anos de restauro após um teste algo frustrado umas semanas antes. Nele sairam a Catarina e o Raul, sendo o timoneiro o Tozé Folha. Grande momento! a saída do "celta". Na saida do canal do Puxadouro estava o Carregal ( Sharpie 12 m, Abeking e rasmundsen-1956) e o BéBé (Snipe clássico construido por Albino O`ra Lopes em Leça ). O Melody ( Andorinha, 1944)  tambem já navegava em bom estilo e com o Aventura ( Vouga-1960), e o Alecrim ( bote-1940) éramos ao todo sete embarcações. Sete anos, sete embarcações, sete velas grandes, boa coincidência.

"BéBé"

"Melody"

"Cisne e Carregal"

 "será chuva?"

"Strormy weather"

"Spray"

Mas ao chegarmos mais alem as nuvens adensaram, trovões ribombaram e relampagos iluminaram o escuro cêu... Chegados na ponte da Varela voltamos ao Puxadouro debaixo de uma intensa e implacavel chuvada, que tornava a agua da Ria num tapete eriçado.

"nas nuvens"

"Celta"



E o regresso, com um "baixio" a dar-nos que fazer e a obrigar a tripulaçao a sair do barco, que falta nos fizeram as raquetes de passear na neve... Chegámos molhados, sempre velejando sob uma cascata de agua, até que a chuva parou, foram 30 minutos do elemento água a dominar , entrando serenos em Válega, até ao  cais do Puxadouro, rebocados nos ultimos 1oo metros pelo Alecrim...
Saimos das embarcaçcões quase em simultâneo e todos cheios de vida e alegres apesar de molhados dos pès à cabeça.
Tivemos de tudo do que se pode esperar na natureza da vela, excepto desastres e acidentes.... Bem acidentes tambem os houve, dos pequenos,  parece que uma cana de leme cedeu ao peso de uns bons 80 quilos e um telemóvel não resistiu à chuvada...
Mas para compensar o esforço tivemos a presença de muitos outros convidados que entretanto chegaram, e a oferta de uma bonita placa comemorativa da Câmara Municipal de Ovar, entregue pelo Dr. Ricardo Alexandre  em nome do sr. presidente da CMO.  Ainda, e como convidado especial tendo participado no passeio a bordo do Alecrim, (o unico tripulante munido de guarda-chuva), o Dr. Antònio França , responsàvel tècnico pela area do patrimonio e turismo da Camara municipal que veio falar-nos da Rede Museologica de Ovar, estrutura da qual fazemos parte, e que procuramos divulgar e aprofundar. Para muitos dos convidados a exposição do Antònio França foi uma surpresa muito positiva.

O gesto comemorativo da CMO

 E depois vieram as comidas e as bebidas e que bem que cairam, depois das àrduas tarefas da marinharia...

... e pronto. Foi uma boa festa de confraternização.
Para o ano teremos mais um anivercenario, o VIII... Até là.

( fotos de Tozé Folha e Carlos Aguiar)